segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Vale a pena LER DE NOVO 6


Eda Luiz, uma diretora diferente!

Eda Luiz, uma diretora diferente!
Ela poderia estar em casa cuidando dos netos, mas  se recusou a viver longe da escola. ” Nunca me imaginei fazendo outra coisa”, diz Eda Luiz, uma senhora de 64 anos,  diretora do CIEJA – Centro de Integração Educacional jovens e adultos- Campo Limpo.  Depois de 35 anos dando aula, ela foi convidada para participar do projeto de educação para jovens e adultos. Aceitou o desafio e desde 1998 ela tem feito a diferença na direção da escola.
Os portões,  que sempre ficam abertos,  são uma das muitas particularidades da escola liderada por Eda. Ela aceita todos aqueles que são rejeitados em outras instituições. ” Aqui quando um aluno chega, vindo de uma outra escola,  eu não pergunto o que ele aprontou lá”, explica. Segundo ela, sua decisão é acreditar e mostrar ao aluno que em sua escola ele terá a oportunidade de escrever uma nova história e fazer suas escolhas.
Pelos corredores do sobrado se nota diversos perfis de alunos. Eda diz que a LDB – Leis de Diretrizes de Base- é uma maravilha e permite que o gestor ouse e crie novas maneiras de transmitir conhecimento, e é o que ela faz.
Sua facilidade em lidar com situações adversas a colocou em momentos inusitados, como o caso de uma outra escola na região. Ela conta que recebeu um telefonema da diretora pedindo que ela fosse lá ajudar na rebelião promovida por um aluno. ” Quando cheguei lá eu nem acreditei no que estava vendo, os professores trancados na sala de aula e no patio havia uma verdadeira guerra de maças”, conta. O motivo do motin foi a substituição de um diretor bem aceito pelos alunos por uma diretora do tipo “casca grossa”, dessas que não aceita negociações, tampouco ouve,   e na véspera a tal diretora havia retirado o papel higiênico do banheiro.
Ieda lembra que aconselhou a gestora a chamar o aluno para trabalhar junto com ela. ” Eu disse: Olha você tem muito o que aprender com esse menino, ele sozinho conseguiu movimentar a escola a favor dele!” Diz!
Ela defende a ideia de que a escola deve ser apropriada pela comunidade, afinal é um equipamento público, portanto não cabe a ela ter muros ou grades!
Sua escola, por exemplo, atende pessoas portadoras de necessidades especiais, e mais do que aceitar, ela com o apoio de professores ensinam a esses alunos,  e de lá eles só saem com certificado do ensino fundamental.

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